Monday, April 17, 2006

A modernidade e sua maravilhosa forma de comunicação

Então é a modernidade, a nova era e sua maravilhosa forma de comunicação. Sempre fui entusiasmado por qualquer recurso ou meio de comunicação, por troca de informações, seja retrograda e hoje usada de forma solene tal qual o toque de um tambor em um extremo do campo da batalha, avisando os combatentes qual posição tomar, seja uma mensagem trocada por um aparelho celular. Com um latente e rápido desenvolvimento tecnológico as variantes possibilidades de entrar em contato com outra pessoa em um ponto distante, um local onde a potencia da voz não alcance, também desenvolveram – se. Mas uma coisa que estranhamente chama minha atenção é o caminho que esse desenvolvimento vem tomando. Cada vez mais os contatos sociais estão menos “físicos” e mais computadorizados, um bom exemplo disso é o e-mail, que ferrou com todo romantismo do velho e bom envio de uma carta, admito e defendo o bom, rápido e eficiente uso do correio eletrônico. Mas por incrível que pareça, ate o moderno correio eletrônico vem perdendo espaço para as mensagens instantâneas (liderado pela poderosa Microsoft, com o seu aplicativo carinhosamente conhecido como MSN). E pra completar o “circulo da comunicação efêmera” surge o mais novo fruto da grandiosa floresta chamada internet, cujo nome é ORKUT, nome aparentemente estranho, que me fez e ate hoje me faz criar uma relação com a localidade Russa chamada Vorkuta, local onde espiões desertores, espiões inimigos capturados eram presos e executados, mas criar uma relação com os nomes e uma possível conspiração “orkutaneana” seria improvável demais... Enfim, toda essa historia me direciona a um episodio que ocorreu comigo, estava eu pronto para ingerir aquela cerveja gelada e jogar umas partidas de sinuca depois de um expediente cansativo de trabalho, chega em meu tele móvel uma SMS (Mensagens curtas de textos, também membro operante do enredo da comunicação moderna) com o seguinte conteúdo: “Depois quando puder, leia o Scrap que te mandei!”. Quando li aquilo um macabro sorriso tomou conta da minha cara suada e pensei: “Puta – que – pariu, por que esse imbecil não me liga ou não me mandou o que queria me falar na própria mensagem”. Então é a modernidade, e mesmo com a efemeridade das comunicações, sigo entusiasmado e esperançoso, esperando sempre a agilidade e eficiência nas transmissões de intenções.
Leonardo Caetano